segunda-feira, 18 de abril de 2011

Retornei!

Depois de mais de um ano, finalmente vou voltar a escrever! Mas dessa vez, muita coisa vai mudar. Não vou mais ter pressa, não vou fixar meta nenhuma. O que mais me doía antes era ver tantas coisas interessantes e não poder explorar, ler mais, e conhecer. Por que não fiz comida polinésia na praia? Porque arrasei a comida mexicana por falta de abacate maduro? Não, chega de pressa e metas, isso a gente já faz por obrigação! Quero tentar ser mais autêntica, e chegar o mais perto possível de como as pessoas comem e vivem a comida em outros lugares. Vamos ver se agora consigo!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Infelizmente vou ter que parar por um tempo... mas espero voltar em breve. Ainda devo escrever sobre o jantar russo nos próximos dias.
Um beijo enorme aos meus poucos, mas fiéis e amados leitores :)))

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Infelizmente, devido a motivos carnavalescos, teremos um pequeno recesso. Para não ter desculpas de falta de ingredientes novamente, terei que esperar passar o maior espetáculo da Terra.
Enquanto isso, se quiserem ver um ótimo blog, a sugestão é o Around the world in 80 meals. Nesse blog, nossa heroína vai na casa de pessoas de diferentes nacionalidades para experimentar pratos típicos. É claro que a fofa é britanica, porque aqui no Brasil ia ser difícil passar de dez.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Mexico!

Pela primeira vez, tivemos cobaias! As amigas corajosas Mariana e Vivian combinaram de comparecer, sem saber o que viria pela frente.
Infelizmente, não consegui planejar o menu com antecedência. No dia, escolhi o México,por ter boas opções fáceis e rápidas (para não ficar na cozinha o tempo todo, com o pessoal esperando na sala).
Escolhi fazer guacamole, pico de gallo e champignon com queijo e espinafre. De sobremesa, manga assada com sorvete de côco, e, para alegrar, margaritas.
A noite foi ótima, mas acabou que não ficou muito mexicana por conta de eu ter deixado tudo para o último minuto. O abacate estava verde, então botei pouco para a guacamole ficar palatável. Ficou comestível, mas longe do que poderia ser (já fiz a receita antes, é muito boa: um abacate maduro faz muita, muita diferença). O espinafre com champignon e queijo ficou muito bom, mas suspeito que não seja muito mexicano (era receita de quesadilla, mas como tirei a tortilla...). O pico foi eliminado porque já tinha bastante comida, e porque parece com a guacamole sem abacate (como a guacamole já estava com pouco abacate, não havia muito sentido). A margarita foi substituída por caipirinha de maracujá com caninha da roça, porque descobri que não gosto de tequila (R$60). E a manga assada não rolou porque a manga também estava verde, e não tinha sorvete de côco no mercado. Restou então nos consolarmos com sorvete com doce de leite.
Mais uma lição: planejar!
E obrigada amigas! Adorei a noite :)))

Tempo: 30 min.
Receitas: Guacamole e Spinach and Mushroom Quesadillas, acompanhados de doritos.
Dificuldade: Fácil
Avaliação: a guacamole ficou mais ou menos por causa do abacate verde, os cogumelos com espinafre deram certo, ficou muito bom.

Guacamole quase sem abacate (foto da Vivian)


Quesadilla espinafrada sem tortilla (foto da Vivian)

domingo, 31 de janeiro de 2010

Polinésia e Nova Caledônia

Essa foi uma etapa de lições. Mas vamos começar do início...
Hoje estava um tanto cansada, e lembrei que em um dos meus livros preferidos, o de cozinha asiática e da Oceania da Larousse, havia umas receitas extremamente simples no final do livro. Fui lá ver, e as tais receitas eram da Polinésia e Nova Caledônia, e pareciam muito simpáticas e fáceis. O melhor de tudo é que eu só precisava de 5 ingredientes para o prato principal e a sobremesa: frango, inhame, leite de côco, banana e farinha de mandioca.
Era só tacar o frango na água, e depois terminar de cozinhar no leite de côco com o inhame. Quanto a sobremesa, era banana cozida amassada com farinha de mandioca, assada em seguida e finalizada com açúcar e leite de coco. Promissor.
Agora, as lições.
1. Inhames variam de 5 a 20cm. Se a receita não faz referência a peso ou tamanho, P, M ou G, pelo menos, desconfie;
2. Relembrei que não gosto de inhame e só comia porque minha mãe dizia que era bom para alguma coisa que não lembro mais;
3. Logo de cara, tacar o frango na água, sem nada, para cozinhar, é prenúncio de algo que vai lembrar refeições de hospital;
4. Não ache que alumínio vai substituir folha de bananeira. O gosto não é o mesmo, nem as propriedades físicas.
5. Jantar raiz e astral é jantar raiz e astral. Um prato típico de um país com praias paradisíacas, cozido na fogueira sob a luz do luar e com o barulho das ondas não funciona se cozido na água na panela e comido em apartamento regular. Uma boa ambientação pode te fazer duvidar que rato grelhado com molho de coliformes não é lá essas coisas.
6. Simples demais? Nunca. Quando a coisa é simples, os detalhes fazem toda a diferença. Desconfio seriamente que a farinha de mandioca deles não é a nossa de farofa.
Enfim, lamento que não tenha sido muito bom, mas faz parte. Espero que possa ir lá um dia descobrir pratos maravilhosos. E se não, hoje em dia tem McDonalds em qualquer lugar e, naquelas praias, quem se importa?

Tempo: Aproximadamente 2h30min
Receitas: Bougna marmite de frango e poé banana da Larousse da Cozinha do Mundo - Ásia e Oceania.
Dificuldade: Fácil (exceto desgrudar a poé do papel de alumínio, isso foi difícil).
Avaliação: Bougna, bem mais ou menos. O doce estava bom, embora não tenha gostado muito do gosto de farofa no fundo. Acho que não vale o trabalho e não faria de novo.

Bougne marmite: o mais alvo frango de todos os tempos, como em nenhum hospital jamais se viu. Ironicamente, na foto ficou coradinho.



Poé banana: acho que o alumínio não deixa a água evaporar como a folha de bananeira, então o que eram para ser lindos e tostados quadradinhos se tornaram uma massa amorfa.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Primeira parada: Itália

E começa a volta ao mundo! Infelizmente, Paris teve que ser só escala e fui direto para Itália. Depois volto com mais calma.
Tudo começou com algumas restrições que eu não pude ignorar. Eu tinha uma caixa de champignons frescos (?) já vencidos, mas ainda comestíveis (isso eu só vou ter certeza amanhã) e muitas maçãs, das quais muitas já foram para lixeira. Parecia fácil fazer um menu francês com isso, mas não foi. Pelo menos não achei nada que apetecesse.
Acabei então com um italiano: risotto ai funghi como prato principal e crostata di mele como sobremesa.
Foi um bom começo, as receitas foram fáceis e saíram em aproximadamente duas horas. Isso não é muito para a minha velocidade usual, acrescida da ausência de aparelhos elétricos (e não elétricos também - vou começar as compras pelo rolo de pastel. Dessa vez deu para esticar a massa da torta na mão grande, mas sinto que no futuro vai fazer falta).
Mas o importante é que ficou muito bom, e o resumo da história é a seguinte:
Tempo: aproximadamente 2h.
Receitas: Risotto ai funghi, do site italiano Al Femminile (http://www.alfemminile.com/w/ricetta/r245/risotto-ai-funghi.html) e crostata do livro da Ina Garten "Back to Basics". Essa, confesso, foi meio roubada. O nome da torta é torta francesa de maçãs. Mas, para mim, essa é a típica crostata. E pelo que vi na internet, é mesmo.
Dificuldade: Fácil
Avaliação: Muito bom!

O gosto está bem melhor que a cara, eu garanto :)



E a crostata até que ficou bonitinha!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

E me vem a idéia nada original do trocadilho

Comida é algo muito simples e indispensável à sobrevivência, mas ao mesmo tempo pode assumir uma sofisticação impraticável ou significados impensáveis.
Para mim, comer é uma das melhores coisas da vida. É sentir a fome sendo saciada. É tornar um momento obrigatório em momento de prazer. É poder parar por uns minutos mesmo tendo milhares de coisas para fazer. É poder ter uma desculpa para deixar as obrigações de lado e ficar com os amigos e a família. E quando estou na pior, ou mesmo na melhor, um livro de culinária, ou ver receita na internet, é o meu prozac. Porque um livro de culinária não tem pretensões ou mensagens subliminares, não tem filosofia nem lição de moral, sofrimento nem alegria, nem romance nem abandono. Só dá fome. É um relaxamento para a alma e para o coração.
E é juntando essa minha paixão à de viajar - algo que adoro fazer, mas que por impedimentos academicos (trabalho e estou terminando o mestrado em poucos meses, então férias e fim de semana livre para mim é utopia) não posso fazer, que tive essa idéia.
Com a ajuda desse trocadilho nada original, de dar a volta ao mundo em 80 pratos, é que me arranjo um momento livre obrigatório por semana, para não me sentir culpada de não estar estudando para algum projeto do trabalho, escrevendo a dissertação ou pendurada no microscópio. Pretendo fazer pelo menos uma refeição de comida típica de um país diferente toda semana, até completar 80 pratos de lugares diferentes.
Então, a passagem já está comprada e o avião para Paris parte esse final de semana :)